sábado, 3 de agosto de 2013

O ser/estar no mundo de Marina Abramovic



Marina Abramović em “Rhythm 0,” 1974


Nas andanças pelas comunidades e mundos virtuais, esta imagem lembrou-me deste novo, mas nem tão novo signo da arte que é a performance. Que estreita as fronteiras entre arte, corpo e ser no mundo. 
Lembra-me uma  constatação de Heidegger: o homem habita como poeta. 
Portanto é importante, nas discussões em sala de aula, lembrar que além de produzir, também somos objetos artísticos.

"Marina Abramović é conhecida por suas performances, nas quais ela procura explorar o que é possível um artista fazer em nome da arte. O seu trabalho mais conhecido foi o recente “The Artist Is Present,” (A artista está presente) em que ela se sentou sem se mover por 736,5 horas ao longo de 3 meses, convidando visitantes a se sentarem na frente dela e olhá-la nos olhos por quanto tempo quisessem. Tantas pessoas começaram a chorar espontaneamente na frente dela que blogs e grupos no Facebook foram criados para estas pessoas. 

A sua performance mais corajosa, foi inicialmente um exercício de confiança, em que ela dizia para visitantes que não se moveria durante seis horas, não importa o que fizessem com ela. Ela colocou á disposição em uma mesa do seu lado 72 objetos que poderiam ser usados para agradar ou destruir, incluindo desde flores e um poá até uma faca e uma arma carregada. Ela convidou os visitantes a usar os objetos nela da maneira que desejassem.

Inicialmente, disse Abramović, visitantes estavam pacíficos e tímidos, mas se tornaram violentos rapidamente. " A experiência que eu aprendi foi que… se você deixar a decisão para o público, você pode ser morta… Eu me senti muito violada. Cortaram minhas roupas, enfiaram espinos de rosas na minha barriga, uma pessoa apontou a arma para a minha cabeça, e outra tirou a arma de perto. Isso criou uma atmosfera agressiva. Após exatamente 6 horas, como planejei, eu me levantei e comecei a andar em direção ao público. Todos fugiram correndo, escapando de um confronto real."

Esta performance revelou algo terrível sobre a humanidade, similar ao que o Experimento da prisão de Stanford, de Philip Zimbardo e o Experimento de obediência de Stanley Milgram, também mostraram a rapidez com que pessoas se agridem dependendo das circunstâncias.

Essa performance mostrou como é fácil desumanizar uma pessoa que não pode se defender, e é particularmente poderosa porque desafia o que achamos que sabemos sobre nós mesmos."


Retirado de:https://www.facebook.com/photo.php?fbid=514892718591726&set=a.407117699369229.94664.401794506568215&type=3&theater

domingo, 7 de abril de 2013

Aquíferos no Brasil

Você sabe o que é um aquífero?
Segundo o site da Associação Brasileira de aguas subterrâneas é
"...  uma formação geológica do subsolo, constituída por rochas permeáveis, que armazena água em seus poros ou fraturas."
O site é bem bacana e tem muito conteúdo sobre esse tema, inclusive um mapa mostrando todos os aquíferos do Brasil!
Fia a dica!
http://www.abas.org/educacao.php

quarta-feira, 3 de abril de 2013

Hidrografia do Brasil



A hidrografia brasileira é rica em rios, mas pobre em lagos isso pelas características geológicas e do relevo. Os lagos que temos no Brasil são os de barragem marinha como a laguna dos Patos e a lagoa Mirin (ambas no RS)
 Devido a imensidão do território e dos climas atuantes no Brasil, temos a mais rica bacia hidrográfica da superfície terrestre. Os rios são abastecidos principalmente pelas chuvas (Pluvial), apenas o rio Amazonas depende, em parte do derretimento da  neve na cordilheira dos Andes ; assim época de cheia é no verão quando chove mais na maioria dos climas brasileiros.
Outra característica marcante é que as maiorias dos rios brasileiros são perenes, isto é não secam totalmente. A penas alguns rios que nascem no Sertão nordestino são intermitentes, secam totalmente durante alguns meses no ano (seca)
Do ponto de vista econômico os rios brasileiros são muito utilizados como fonte de energia (90%  da eletricidade do Brasil provém de hidroelétricas), mas pouco utilizados para a navegação. O transporte por hidrovia pode sair até quatro vezes mais barato que por rodovia, mas não é aproveitado.
As principais bacias hidrográficas brasileiras:
 

Bacia amazônica

A maior bacia hidrográfica brasileira, a Bacia Amazônica  tem como rio principal o  rio Amazonas que é considerado o maior rio do mundo e tem um grande potencial para a navegação pois encontra-se numa área de planície. Recentemente descobriu-se também um potencial energético e, seus afluentes, principalmente da margem direita já possuem hidroelétricas. Os principais rios formadores do rio Amazonas são o rio Negro (nasce na Colômbia) e rio Solimões (nasce no Peru).

Tocantins - Araguaia

Localizada inteiramente dentro do território nacional. Possui o nome dos principais rios o rio Tocantins e o Araguaia, são importantes pela sua extensão e volume de água. No rio Tocantins localiza-se a hidroelétrica Tucuruí, a maior da região Amazônica.

São Francisco

Seu principal rio é o São Francisco, apesar de passar por uma região onde o clima é semiárido é um rio perene (que não seca nos meses de seca, só mantém um nível baixo de água). É um rio de planalto o que lhe confere um ótimo aproveitamento energético, abriga as usinas hidroelétricas de Sobradinho, Paulo Afonso, Três Marias e Moxotó.

Bacia do Paraná, Paraguai e Uruguai ou Bacia Platina:

Os principais rios dessas três bacias (Paraná, Uruguai e Paraguai), apesar de constituírem bacias separadas do Brasil, juntam-se no estuário do rio Prata.

Seus rios, menos o Paraguai, por serem rios de planalto representam um grande polo energético do Brasil (está perdendo este posto para a bacia Amazônica)

 

terça-feira, 2 de abril de 2013

Bonfim

Quando fui a Bahia visitei a igreja do Senhor do Bonfim.
Foi uma coisa bem inesperada, estava eu e meus amigos pensando no que fazer e, de repente  chega uma Kombi dizendo que ia pra igreja e nela (na Kombi) já estavam alguns turistas. Beleza! Lá vamos nós!
Chegando lá...igreja muito bonita, fachada rococó ( que eu acho lindo!). Entrei, sentei, comovi, respirei, rezei, cansei e fui pra fora. Aí me deparo com os portões da igreja! Tudo colorido, milhares de fitas do Senhor do Bonfim no que parecia mais um tapete do que um portão! Nossa! Lindo!
Cada fita amarrada, um pedido, um milagre, uma prece, uma vida!
E, pra mim essa igreja sempre vai ser colorida assim!


Depois descobri que os portões e as grades estavam cheias de fitas devido a data especial. No dia anterior havia acontecido a lavação das escadas e os fiéis aproveitam pra fazer seus pedidos amarrando as fitinhas......estão na maior parte do tempo os portões e as grades ficam "limpos"!

Relevo brasileiro


            A importância de conhecer o relevo: dependendo de suas características o relevo favorece ou dificulta a ocupação e a atividade humana.

            Para falar de relevo precisamos saber duas coisas: estrutura geológica e unidades de relevo

            Compreende-se por  estruturas geológicas os tipos de rochas ou o tipo de rocha que se sobressai num determinado local, como cada rocha tem suas características (dureza, constituição...) as características do relevo vão variar de acordo com a estrutura geológica que pode ser:

- escudos cristalinos ou maciços antigos: rochas resistentes muito antigas originam principalmente relevos planálticos.

- bacias sedimentares: mais recentes que os escudos, são deposições de sedimentos que viram rochas sedimentares, originam planícies, planaltos sedimentares ou depressões.

- dobramentos modernos: áreas que sofrem grandes dobramentos devido a tectônica de placas formam grandes montanhas como os Andes.(no Brasil não existe esta estrutura, por isso não temos montanhas com grandes altitudes)
Unidades do relevo:


 

         A estrutura geológica do revelo brasileiro consiste em um terço de escudos cristalinos e dois terços de bacias sedimentares por isso temos a maior parte do território brasileiro ocupado por planícies e depressões.

            Os principais agentes transformadores do relevo, além do homem são; clima e hidrografia.

            As maiores altitudes são Pico da Neblina e o 3 de março que se aproximam de 3 mil metros.
 
 

Vegetação do Brasil

Floresta Amazônica: ocupa quase metade do território brasileiro (apesar e ter cerca de 20% desmatado). É uma floresta densa, heterogênea (com diversidade de espécies) e perene ( as folhas estão sempre verdes). Podemos classificar de acordo com sua localização (fica melhor explicado no desenho que fiz no quadro): Mata de igapó que fica em terreno alagado (rio), várzea que fica em local inundável na época de cheia, e a mata de terra firme. Este vegetação é morada de animais como a onça pintada que está em extinção.


Mata Atlântica: corresponde mais ou menos o domínio do clima tropical, mas quase não existe pois é a floresta do pau-brasil, cedro e peroba. Nela vivem o mico leão dourado, e a arara azul pequena que estão ameaçados de extinção.

Pampas: vegetação rasteira com diversos tipo de gramíneas e capins. No litoral do Rio Grande do Sul esses campos podem ser banhados onde habitam animais como capivaras e lontras.

Caatinga: vegetação característica do semiárido, com plantas adaptadas a aridez (xerófitas e cactáceas). Quando chove (de um a  dois messes do ano) fica verde.

Mata dos cocais: transição entre floresta amazônica e caatinga. Apresenta espécies como o açaí, buriti e babaçu.

Mata dos pinhais: Floresta atlântica, mas como esta localizada na região subtropical (mais frio) ocorre a presença do pinheiro do Paraná (araucária angustifólia).

Cerrado: vegetação muito semelhante as savanas na África; arvores de médio porte com tronco e galhos retorcido (crescimento lento, pois o solo é fraco em nutrientes) e capim, favorece o desenvolvimento de insetos como o cupim. Atualmente tem 45% do território devastado principalmente pelo cultivo de soja.

Pantanal: É uma vegetação heterogênea, nela podemos encontrar plantas higrófilas (de áreas alagadas) até as xerófitas (de lugares secos). Sua principal característica é a dependência do ciclo de chuvas que controla a época de cheias (outubro a abril) quando os animais aquáticos se reproduzem, e quando os rios voltam ao seu volume normal deixando  os nutrientes no solo.

Litorânea: as vegetações litorâneas podem ser restingas (vegetação de pequeno a médio porte que fica próxima a beira domar e é adaptada ao sal a ao solo arenoso) e os manguezais (adaptado a agua salobra-  doce e salgada, suas arvores possuem raízes externas pois o solo é pobre em oxigênio)

segunda-feira, 1 de abril de 2013

Climas do Brasil


Antes de falar de cada clima , vamos estudar as massas de ar que interferem em nosso país, pois é o fenômeno atmosférico que mais influencia o clima e o tempo. (lembrando: clima =conjunto de condições atmosféricas estáveis,  tempo = estado momentâneo atmosférico )
A figura mostra todas as massas de ar que atuam em nosso país. (A figura mostra o período de inverno, quando a mPa tem mais força)
Massa Equatorial atlântica (mEa) : Massa de ar quente e úmido. Atua principalmente durante a primavera e o verão no litoral do Norte e Nordeste. Conforme avança para dentro do país, perde a umidade
Massa equatorial continental (mEc):  É uma massa de ar quente, úmido e instável. Única massa de ar continental que é úmida, devido a floresta amazônica.

 Massa tropical atlântica (mTa) : Também de ar quente e úmido, origina-se no atlântico sul. Atua na faixa litorânea e é praticamente constante durante todo o ano.
  
Massa polar atlântica (mPa) : De ar frio e úmido. Atua principalmente no inverno e na porção sul do país. Quando consegue chegar na região amazônica temos o fenômeno "Friagem"(a figura mostra essa fenômeno). Ú nica massa de ar polar que atua no Brasil.

 Massa tropical continental (mTc) :   massa de ar quente e seca. Origina-se no Chaco (Norte da Argentina e Paraguai)

Os climas do Brasil:


Equatorial ou Equatorial úmido: (mEc) abrange a área da Amazônia brasileira. Quente e úmido, tem temperaturas médias  de 28C e chuvas o ano inteiro (1500 a 2500 mm ao ano - chove todo final de tarde). Quando a  mPa consegue chegar na Amazônia acontece o fenômeno da "friagem" e as temperaturas caem de 5  a 10 C.

Litorâneo: (mTa)quente e úmido, com duas estações; inverno chove menos que o verão. As chuvas que atingem esta região são orográficas (quando a nuvem carregada encontra uma barreira geográfica, no caso a Serra do Mar, e começa a chover).15000 a 2000 mm de chuva ao ano.

Tropical ou tropical continental: (mEc e mTa)quente e úmido com uma estação mais chuvosa (verão e outra mais seca (inverno) temperaturas médias de 20 a 28C.

Tropical semiárido: quente e seco, menos de 1000mm de chuva ao ano, encontro de todas as massas de ar menos a Polar atlântica. A principal causa das secas é o relevo local (sertão do Nordeste), cercado por barreiras geográficas (montanhas) que não deixam a umidade passar.

Tropical de altitude:(mTa e mPa) tem as mesmas características do tropical, porém como localiza-se em grandes altitudes a temperatura é menos; assim temos invernos mais frio e verões menos quentes. 1700 mm de chuva ao ano ações das massas  Tropical atlântica e Polar atlântica.

Subtropical:(mPa no inverno, mTa e mTc) Clima do sul do Brasil e mas quente como ou outros. Sua principal característica é a grande variação de temperatura, 25C no verão e 10C no inverno, apresenta quatro estações bem definidas e chuvas bem distribuídas ao longo do ano .

Bons estudo e capricho na hora de passar o conteúdo pro caderno. Lembre-se de ler e prestar muita atenção em tudo o que escreve!
Abraços
Prof. Liana